segunda-feira, 7 de julho de 2014

Spinning - Material para iniciantes I

Finalmente está já próxima a data para a minha primeira saída ao spinning. =D
Desde à muito tempo que venho acompanhando alguns blogues e com a sua leitura aprofundando o meu conhecimento nesta vertente da pesca que nos últimos anos tem registado um crescimento exponencial. 

Como iniciante nesta modalidade a minha primeira dúvida prendeu-se com o material necessário e a sua escolha, num mercado que nos oferece tantas soluções, o que sendo bom por lado, por outro nos vai deixar com dúvidas capazes de nos fazer trepar paredes.

Certo será que as dúvidas em relação à escolha do material vão ser muitas, que as diferentes opiniões só vão servir muitas das vezes para tornar todas as decisões mais difíceis e que vão muitas das vezes levar ao gasto excessivo de dinheiro por parte de quem se está a iniciar, em material sem grande utilidade neste tipo de pesca.
Mas com alguma pesquisa e ouvindo as opiniões daqueles mais experientes penso que será possível reunir um conhecimento mínimo daquilo que será o básico e o necessário para iniciar sem grandes dificuldades e de maneira a garantir o sucesso desde o princípio.

Desde logo penso que o básico a ninguém escapa: uma cana, um carreto, linha e isco, que neste caso será artificial.
É neste ponto que eu penso que as dúvidas vão ser mais frequentes, pois as escolhas que as marcas oferecem são mais que muitas, mesmo um único modelo de cana pode ter várias opções de escolha: comprimento, ação, cw, a potência, etc. Mas vamos então por partes.

Em relação à cana penso que devemos começar por pensar na gramagem das amostras que vamos usar, ou seja, o cast weight(CW) ou peso de lançamento da cana tem que englobar os pesos dos nossos artificias. Na maioria dos casos os pesos das amostras rondara as 15g - 35g e sendo assim o CW da cana terá que ser por exemplo 15 - 50, querendo isto dizer que o peso de lançamento da cana será desde as amostras de 15 gramas até às de 50 gramas.

O segundo ponto a ter em conta será o comprimento da cana e aqui penso que cada um terá que decidir com que comprimento se vai sentir mais confortável. Mas sendo que no spinning costeiro é muitas vezes preciso ir "buscar" o peixe lá atrás das ondas, penso que para quem se está a iniciar não será uma boa opção começar com uma cana com menos de 3 metros, mas isto é apenas a minha opinião. Depois de experimentar vários tamanhos sinto que é à volta dos 3 metros que me sinto mais confortável. Mas penso que será válido tanto uma cana com 2.40 metros como uma de 3.90 metros, no fundo penso que será uma questão de se estar mais confortável.

Depois outro ponto a ter em conta será o peso da cana, que quanto mais leve for melhor, mas também terá tendência a ser mais cara, isto se o peso reduzido não interferir com a sua resistência, pois não nos podemos esquecer que vamos passar muitas horas com ela na mão e ao fim de umas horas o peso vai acabar por nos afetar. Um peso a rondar as 200 gramas será o ideal.
A minha escolha recaiu sobre o modelo stradic 3.00 MH, da Shimano, pois foi aquela que se enquadrou em todos estes pontos e mais importante com a carteira. =P

Depois temos o carreto e também aqui as escolhas são mais do que muitas, mas no geral o carreto ideal será um carreto 3000, 4000, de preferência um carreto próprio para spinning, de maneira resistir ao desgaste causado pelo mar e pelo uso constante. Neste ponto temos que pensar que será o item que irá sofrer o maior desgaste e por isso deve ser uma escolha bem ponderada.
Sou apologista que se vamos gastar dinheiro nalguma coisa, mais vale gastar de uma vez, ou seja este é daqueles casos em que o barato provavelmente vai sair caro. Não estou com isto a dizer que temos que gastar 300 Euros num carreto para ficarmos bem servidos, se soubermos procurar, existem boas escolhas a preços bem apetecíveis.
No meu caso possuo um Shimano Symetre FL 4000, carreto que uso para a pesca de bóia, mas que já foi comprado com o intuito de servir também para o spinning.

Shimano Symetre 4000 FL.

Em relação à linha devemos optar por um multifilamento (por ex: multi power pro 8 slick 0.15) e para o leader um fluorcarbono (por ex: mono trabucco fluorcarbono xps 0.37) mas também aqui as escolhas são muitas. O nó que vai unir estas duas linhas poderá ser o que mais segurança nos transmitir e neste caso eu aconselho o albright improved, pois é um nó que já uso à muito tempo e que me parece ser o mais resistente.

Nó Albright Improved.

Outro item que não referi em cima mas que também ser muito importante é a utilização de um clip para prender a amostra à linha. Ligar a amostra diretamente à linha não me parece uma boa opção, pois durante um dia de pesca vão ser muitas as vezes que será necessário trocar os artificiais e o clip vai facilitar em muito esta tarefa.

Já a compra das amostras terá que ser pensada em função do pesqueiro e se vamos pescar de noite ou de dia. No fundo o ideal será formar diferentes grupos de amostras, com funções idênticas: amostras de superfície, outro de meia água e outro de águas mais profundas. Tendo em conta que devemos depois ter cores para o dia e para a noite de cada um desses grupos.
Nas amostras a diversidade é de deixar os cabelos em pé sendo que umas terão melhores resultados que outras, mas desde os vinis às amostras rígidas todas pescam e caberá ao pescador escolher aquilo que mais resultados lhe dá.

Saiwa Saltiga à direita e Crazy Sand Eel.

Este será o material básico, mas ainda ficam a faltar alguns items que serão indispensáveis no início, mas ficam para o próximo post, porque este já vai extenso.
Espero ter esclarecido algumas dúvidas e caso achem necessário não deixem de comentar.

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